LOS ANGELES - Imortalizado no cinema em 1939, com Judy Garland como Dorothy, o livro “O mágico de Oz”, de Lyman Frank Baum (1856-1919), pode levar o cineasta americano Sam Raimi, de 53 anos, de volta à consagração popular. Ou, como a imprensa americana vem dizendo, à Estrada dos Tijolos Amarelos, referência ao caminho encantado descrito na literatura de Baum, resgatada por Raimi em “Oz: mágico e poderoso” (“Oz the great and powerful”). Superprodução de US$ 200 milhões, o filme entra em cartaz mundialmente no dia 8 de março. Se alcançar o sucesso esperado pelos estúdios Disney, o longa, protagonizado por James Franco, pode devolver ao realizador da franquia “Homem-Aranha” (de 2002 a 2007) a fama de um dos cineastas mais rentáveis hoje em Hollywood.
Nos EUA, onde a campanha promocional de “Oz: mágico e poderoso” espalha cartazes em cada parada de ônibus de Los Angeles e arredores, a expectativa de resultado é alta. Ela cresceu após os elogios recebidos pela imprensa local em sua première no El Capitan Theatre, há uma semana, com direito ao elenco chegando num balão.
— Como o brilhantismo com que o diretor Victor Flaming adaptou o universo de Baum em 1939 foi enorme, o cinema sempre teve medo de voltar àquela literatura e tirar dela algo de novo. Mas foi o que tentei alcançar ao fazer um filme que narrasse a origem do Mágico de Oz, sem compromisso de ser um remake ou um musical como a versão com Judy. Aliás, nem temos Dorothy aqui. Nossa trama se passa antes de ela surgir — conta Raimi ao GLOBO, em Pasadena, cercado por um elenco que, além de Franco, inclui Rachel Weisz, Mila Kunis e Michelle Williams.
